Raramente tenho interesse em games indies, alguns chamam minha atenção como foi o caso de They Are Billion e Final Station (ambos com postagens aqui) e outros simplesmente ignoro, este é o caso de Florence, um jogo que eu tinha na Steam, porém, nunca prestei atenção... Até que resolvi jogar.
Lançado inicialmente para Android e Ios, Florence ganhou O Video Game Awards de melhor jogo mobile em 2018, também ganhou versões para PC, Mac e Nintendo Switch. Desenvolvido pela Mountains, o jogo tem uma temática leve, uma jogabilidade bastante interessante, mesmo sendo “bastante” mobile nos seus Ports (sim, os botões do Android e Ios estão no canto da tela do PC e Switch), o jogo não demora para encantar o jogador e simplesmente se apaixonar.
No jogo acompanhamos a história de Florence, uma jovem de 25 anos que ainda não encontrou seu lugar no mundo e se sente perdida. A medida que avançamos no jogo, a vida da Florence avança, deste de inicia uma vida amorosa, não estando feliz com seu trabalho ou até sonhos antigos reprimidos por medo.
Impossível a gente não se apaixonar pela Florence (e odiar o namorado imbecil), ou até mesmo, se identificar com ela, com amizades do passado que seguiram rumos diferentes ou o medo de tenta alguma coisa nova e dá uma virada total na sua vida. Vemos como o dia a dia na cidade pode sugar a gente e temos tantas importâncias a nossas agendas seguindo rigorosamente que acabamos esquecendo de quem somos ou dos nossos sonhos, ou, na pior das hipóteses, a gente fica sem tempo de tenta respirar ou de conseguir conversa com alguém.
Para acompanhar a gente nesta jornada, temos uma trilha sonora maravilhosa, trilha esta que me apaixonei no trailer me fazendo compra o jogo (sim, comprei o jogo pela trilha sonora). É incrível como a musica acompanha com perfeição o momento tal como os momentos de felicidades a musica fica alegre e contagiante, os momentos de briga trompetes ganham atenção e de tristeza temos violinos com sinfonias baixas e tristes, tudo se encaixa perfeitamente tornando magico e único ao mesmo tempo.
Porém, na terra da Florence, nem tudo é arte, é o maior pecado do jogo é ele ser curto demais. Praticamente Florence é um point-click com alguns desafios simples e rápido, coisa simples no padrão de mobile, tanto no toque como no mouse o jogo responde bem e rápido, o que me surpreendeu uma vez que ports de mobile para PC deixam um time de resposta enorme, principalmente nos jogos da Gameloft.
Em meio a tanta coisa no dia a dia, Florence vem a ser um convite para uma pausa diária e convite para refletir. A quebra do padrão de FPS que eu estava jogando, incluindo o frenético, muito e perfeito Doom Eternal, Florence serviu como convite para uma aventura única baseada em uma personagem simples que pode ser eu, você ou qualquer acompanhado de um uma xicara de chá.