Quando anunciaram um filme dos Power Rangers, meu coração se encheu de alegria, afinal de contas estamos falando de Power Rangers, cresci vendo estes heróis roupas de lycra colante coloridas ainda assisto estes heróis de roupa de lycra colante colorida. Porém o tempo passou, os trailers e imagens foram sendo liberados e meu hyper foi aumentando... Hyper este que não foi correspondido, na verdade nem o básico do filme correspondeu o que está do básico de um filme dos Power Rangers.


A história, clichê e forçada pra caramba, se passa na pacata cidadezinha de Alameda dos Anjos, onde a 65 milhões de ocorreu uma batalha entre os Rangers e a terrível Rita Repulsa, foi a derrota da Rita, porém a equipe Ranger do Zordon acabou morrendo. O tempo passou (e o alfa sofreu calado) e um grupinho de cinco jovens encontraram as 5 moedas do poder, assim juntando forças contra o retorno da terrível Rita Repulsa. Historinha básica, fácil e bastante ampla, bastava o filme seguir ela para fazer um excelente filme sobre os “Power Rangers”, porém como “facilitar” não é a palavra correta deste filme, os produtores tiveram a excelente ideia de colocar todo um drama adolescente no filme, afinal de contas todo Power Ranger tem um drama adolescente né? CLARO QUE NÃO! O resultado foi de uma primeira hora maçante e tediosa.

eu assistindo Power Rangers

O filme tem pouquíssima cenas de luta, boa parte é voltada para o suspense adolescente, salvo o Billy, que falarei logo a baixo, tudo gira em torno em péssimas escolhas de alguém do grupo ou alguém escondendo algum. Em quando Jason procura saber o que é “ser líder”, os outros três realmente não sabem nem o que estão fazendo ali, com historinhas bastante fracas, em certos momentos nem parecia que estava realmente vendo um filme sobre Power Ranger, parecia um romance adolescente.


Único personagem realmente com toda uma construção e que realmente conquistou meu coração foi o Billy, interpretado por RJ Cyler, o trabalho realizado tanto pelos roteiristas, diretor e ator em torno do personagem é incrível, além das piadas encaixando nos momentos certos (e ótimas piadas por sinal), o personagem vem trazendo uma mensagem bastante especial é importante sobre os autistas e provando que eles podem fazer tudo, fazer bom e fazer bonito, com certeza Billy foi o melhor ranger. Porém, conforme relatado a cima, Billy é o único que realmente atenção, o resto parece que saiu de um daqueles filmes americanos sobre escola bastante clichê.

Isso não é um MegaZord, isso é um Transformers com problemas de coluna

E de muito bom grado que falo que a Lionsgate ainda possui um sério problemas com efeitos visuais, visualmente tudo é feito, tudo é forçada, os monstros são meramente bonecos copiados e colados, alguns até se movem sincronizados (reparem na cena da batalha na cidade, todos se movem exatamente iguais!). Os Zords possuem palhetas de cores absurdamente escuras, se movem com dificuldade, o MegaZord é feio tanto esteticamente como efeito especial. O uniforme também não fica longe, com palhetas escuras, eles são mais travados que a armadura do homem de ferro do primeiro filme.

Alegria de saber que foi a unica personagem 100% fiel e louca no filme

Vale a pena?

 Kelvinhos: 03/10 – ÚNICA PARTE QUE PRESTOU FOI A MUSICA TEMA, MESMO ASSIM ELA DUROU 4 SEGUNDOS! 

O filme tinha história, tinha elenco e tinha produção a altura, porém tudo foi jogado pra baixo com a péssima mania da LionsGate de querer fazer uma mistureba de elementos. O trama adolescente é algum inútil e sem sentindo, os personagens se tornaram mais clichês que de costume e os efeitos especiais são horríveis. Sair do cinema decepcionado como fã. E pela amor de Deus, se eles querem fazer uma batalha de mech no próximo filme (sim, vai ter continuação, ainda não confirmada), que eles procurem fazer um estágio com Michael Bay! PORQUE A BATALHA DO MEGAZORD FOI HORRIVEL! 


Curiosidades rápidas, caso você que assistiu ao filme e não pegou as referências:


- As placas de sinalização na rua Angel Grove indicando "Reefside" e "Ocean Bluff" são referências aos locais em que se passavam as histórias de Power Rangers DinoThunder (2004) e Power Rangers Jungle Fury (2008).

- O Ranger Amarelo usa uma camiseta com o número 1973 estampado. Este é o ano em que a original Trini Thuy Trang nasceu, sendo uma homenagem a Ranger que morreu em um acidente de carro.

- Amy Jo Johnson e Jason David Frank, que foram Kimberly e Tommy em Power Rangers (1993), fazem uma participação especial na trama.
- Primeiro filme de Power Rangers que não conta com Bulk e Skull.