O fim dos Likes, o início do e-commerce

O anuncio do fim da numeração de likes no Instagram pegou muita gente de surpresa, com a “desculpa” de ajudar na autoestima das pessoas o número de likes sumiu. Deve pessoas que reclamou, outras que comemoram, influenciadores escreveram textão contra ou a favor, em uma semana todos seguiam sua vida normalmente. Porém, a autoestima é a real razão do fim do número de likes nas postagens? Não teria um motivo maior? Um motivo financeiro?

Antes de entramos no assunto principal, vocês precisam entender a força atual do comercio eletrônico apenas no Brasil. Em uma pesquisa realizada em parceria entre PayPal e BigDat Corp, o comercio eletrônico brasileiro aumentou 40% em apenas em um período de um ano, em 2018 foi movimentado aproximadamente 23,6 Bilhões em vendas diretas (em site de compras, ignorando OLX, Mercado Livre e Instagram), este ano espera um aumento assustador para 79,9 Bilhões de reais, o negócio está tão bom que o Carrefour quer entra de cabeça nos negócios, isso ignorando as compras e acordos entre empresas dentro do comercio eletrônico, onde a cifra de giro econômico chega a R$ 2,4 Trilhões de reais. Agora com estes números, podemos entra no assunto principal. (As fontes dos dados estarão no final do post)

Já tem um tempinho que o Instagram vem aos poucos ganhando um ar comercial, no começo pequenas lojas postavam seus produtos para atrair os clientes, aos poucos foi surgindo lojinhas virtuais e agora o Instagram conta com seu próprio sistema de compra e pagamento pelo próprio app, isso é excelente para as pequenas lojas como lojas de roupas de bairro ou até mesmo lojinhas virtuais, porém, tinha um grande obstáculo: Os likes.

O grande problema funcionava assim:

- Imagina duas lojas, Loja A e Loja B, ambas tinham número iguais de seguidores e vendiam a mesma Calça Jeans pelo mesmo valor, 50,00.

- Ambas são lojas confiáveis que entram seus produtos e tem ótimo histórico de venda.

- A loja B optou por pagar pelo impulso de publicações, por consequência disso ganhou mais curtidas nas fotos, incluindo na foto do produto em questão (a Calça Jeans de 50,00 reais).

- Já a loja A optou por impulsionar os storys que mostrava a calça, gerando assim mais visualizações.

- Você, consumidor, vê o post da Loja B com numero de curtidas X, ao mesmo tempo vê o storys da Loja A, ambas mesmas calças e mesmo valor, qual seria o seu critério de escolha? Sabendo que ambas as lojas possuem ótimo história e bons comentários.

- Você escolheria pelo numero de likes, que passaria maior confiança uma vez que dava impressão que tinha alcançado e agradado maior numero de pessoas, sendo que na verdade aquilo como impulso, logo a loja B venderia, porém, dando a A como a B gastaram dinheiro de divulgação do seu produto e um pequeno detalhe pode dá mais resultados para B e não pra A.

- Como o Instagram acabou com este problema? ACABANDO COM OS LIKES! 

- Com isso, tanto o impulso da loja A como o impulso da publicação da B pode atingir o mesmo numero de pessoas e ter a mesma oportunidade de vendas.

Em resumo geral, ocultando o numero de likes é mais benefícios para as lojas dentro do Instagram que para a “dita” autoestima. Para se ter ideia, o negocio foi tão bom que o engajamento e interação disparam após o fim do like, conforme os dados abaixo:

O comercio por influência, assim chamado o ramo comercial do Instagram, tem como previsão movimenta entre 5 a 10 bilhões de dólares até 2022, ou seja, é um negocio em crescimento em prelo vapor e que movimenta muito dinheiro. O fim dos likes pode parecer um negócio para os usuários normais, porém, para as lojinhas, empresas e outros ramos comerciais é a melhor coisa, agora eles podem aumentar o engajamento e os impulsos sem se preocupar em ser rotulados por números nos seus posts.

E quem lucra com toda esta brincadeira? Claro, o Instagram. Como falei, nada tem interesse social, tudo tem um interesse comercial.

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Fontes:

- Fim dos likes visíveis aumenta o engajamento no Instagram - Jornal do Comércio 

- Carrefour Brasil prevê margem maior em ecommerce com expansão de plataforma - Época Negócios 

- Comércio eletrônico B2B deve somar R$ 2,4 trilhões no Brasil - Inovar

- Comércio eletrônico deve crescer em 16% no Brasil em 2019 - Canal Tech

- Pesquisa mostra que e-commerce cresceu quase 40% no Brasil em um ano - Imirante