AMAIM Warrior at the Borderline (Anime – Analise)

Existe muitas obras que ficam em cima do muro, seja por inicia com uma proposta e tenta migrar para outra no decorrer dela ou seja buscando agradar dois públicos e muitas vezes não agradar nenhum e nem outro. Já Kyoukai Senki, ou, AMAIM Warrior at Bordeline, tentou fazer as duas situações, ficando em um 8 ou 80 durante suas partes inteiras.

Potencial tinha e ao mesmo tempo não tinha

Produzido pela Sunrise Beyond, um estúdio comandando pela Sunrise, AMAIM era para ser um anime de Mech infanto juvenil para vender brinquedos. O que não deveria ser difícil para a Sunrise Beyond uma vez que ela já fez animes neste estilo no seu vasto catálogo de produção (5 animes, incluindo 3 Gundam Build, 1 projeto de Gundam e Hello Kitty e um mobile game... Estes são os projetos), porém, AMAIM que começou com esta proposta, se perdeu ao longo do caminho, tentando migrar para um estilo “gundam” e “Code Geass” de história.

O projeto conta com grandes nomes como a direção que ficou a cargo de Nobuyoshi Habara, trabalhou em grandes produções e filmes como Gundam Zeta, Samurai X, filmes do Patlobar. Na equipe ainda tem grandes nomes como Kanetake Ebikawa (Design em Mobile Suit Gundam Seed), Rasmus Faber (musico de Marcross Δ) e Hiroyuki Sawano. 

Personagens com pontencial jogado no lixo


A historia do anime se passa um futuro, onde o Japão passou por uma forte crise econômica e recebeu ajuda de 5 grandes blocos econômicos e com passar do tempo todo o Japão se tornou um campo de batalha destes blocos e agora está sob domínio deles... sim, colei a sinopse porque a história não avança além disso e entendo por ser um anime de vender brinquedo para a garotada, logo não pode ter uma história mirapolante e louca, tem que ter tudo clichê padrão e pronto, afinal de contas não estamos falando de um Gundam. 

O anime seguiu esta história de clichê padrão e blablabla, e ele era legal, até o episódio 4, quando Habara pensou: E se a gente taca uma morte aleatória aqui? 

O anime, que não matava ninguém, uma vez que as guerras eram travadas a distância, onde as tropas eram mechs comandado por IA a distância, RESOLVEU MATAR UMA PESSOA! Neste momento pensei: Vai migrar para Gundam com certeza! 

Próximo ep: Rolezinho para fugir dos inimigos e história padrão generica... 

Episódio 06: Um comodante vendia pessoas como escravo, executava em praça publica e ainda aplicava a lei do silencio, protagonista como a cogitar o que fazer, pois se ele atacasse e tira-se o comodante, um pior poderia assumir, mas, se ficasse sem fazer nada, pessoas iam sofrer.

Episódio 07: VAMOS FAZER BOLO COM A NOVA AMIGA!

Este é o grande problema de AIRMAN, ele não sabe o que ser, a historia não sabe como seguir, em alguns episódios se cria todo um clima para isso, existe dialogo e carisma por parte dos personagens, ele quer mostrar o lado ruim da guerra e da opressão, mas, tudo é jogado no lixo no episódio seguinte onde um evento aleatório de fazer uma coisa aleatória e boba, como um episodio que precisavam fazer uma fonte d´água e uma casa em uma região isolada, estragando totalmente tudo que foi desenvolvido no episódio anterior e segue se repetindo isso.


Momento que achei que o anime seguiria novos caminhos

Na segunda parte do anime a história tentou ganhar um rumo mais sério onde as maquinas passaram a possuir pilotos e um drama político e empresarial, ainda tivemos inclusão de mortes e tentativa de homicídio, o que nem ousou a acontecer na primeira parte. Porém, tais mudanças não duraram muito tempo e depois de 3 episódios novamente tinha alguma coisa avulsa boba se tornando tema do episodio novamente. 

O que matou a experiencia de AMAIM foi estes momentos de 8 ou 80 da história, pois se deixasse Nobuyoshi fazer sua mistureba de Gundam com Patlobar (dá para notar as referencias tanto de Gundam como Patlobar de cara), com certeza poderíamos ter um novo Winxoss, um anime comercial de cartas que deve uma historia profunda e bastante boa, agradando tanto no seu objetivo, que era vender cartinhas, como também acertando na criação de todo um universo e historia (tirando Diva, aquilo eu ignoro que existe).



Pois bem, AMAIM não tem uma música memorável, salvo a segunda abertura que é muito boa, não tem pelos uma música temática para salva em uma playlist. Sunrise Beyond simplesmente parece que pegou tudo de Gundam Build, que por sua vez pegou tudo de outros Gundams e apenas tornaram “teens” (apenas colocaram umas batidas eletrônicas). Ou seja, AMAIM não cai no “normal”, ele simplesmente já é normal. Como aconteceu isso com Hiroyuki na música? Só Deus sabe... 


Uma coisa me chamou atenção em AMAIM, esta coisa foi a animação, nada tão inovador, nada muito bonito, nada espetacular, porém, ela é competente, ele manteve a qualidade do inicio ao fim, sem colocar e nem perde, o que é difícil com os animes de hoje em dia em especial os animes comerciais, ele simplesmente manteve a animação bem fluida, especialmente em movimentação e não deve nenhuma cena “Power Point” (cenas estáticas durando de 1 a 3 segundos, visando poupar tempo e também torna a produção mais barata).

A animação de combates é boa e fluida, raramente se usa recurso de repetição de cenário e o anime utiliza ainda uma desculpa: IAs tem movimentos repetidos. Achei fenomenal que a história se deu o trabalho de criar uma desculpa para utilização de um recurso para baratear a animação. De resto, como falado acima, não tem como elogiar e criticar, pois ele é apenas competente.



OBS: Devido a direitos autorais, tive que usar a segunda abertura devido a restrições de direitos autorais da primeira, porém, podem ver sem medo uma vez que ela não possui spoiler caso tenha interesse em assistir o anime



Kelvinhos: 06.8/10 – Ele quer ser Gundam, ele quer ser Teen, ele quer ser ele mesmo

AMAIM tinha potencial de ser um ótimo anime, com uma história e musicas excelente, tinha pessoas competente para isso, mas, terminou sendo um anime comercial que não sabia o que realmente queria. O anime varia de 8 a 80 em questão de um episodio e isso vai seguindo por todo o anime. Infelizmente, por se tratar de um anime comercial, o seu principal objetivo é vender brinquedo e sem ter uma fama pré-estabelecida como Gundam, ele se encontra ainda mais limitado na tentativa de fazer alguma “incrível”. Fico imaginando o potencial deste anime caso a equipe tivesse 100% de liberdade.

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